quinta-feira, 22 de março de 2007

Ilusão de óptica

Este é o meu desejo dissimulado,
O meu devaneio inquietante,
A minha demagogia...
Em metáforas abusivas
E flocos de poesia soltos ao vento
Perco-me por aí sem encontrar a tua rima.
Junto palavras e invento cores na minha alma,
Tento decifrar-te nas entrelinhas,
Mas apenas encontro,
Na carícia das letras,
Pedaços de ti,
Das tuas mãos macias,
Dos teus lábios quentes...
E frases apetecidas desenham-se
Em capítulos que o Infinito escreve.
Roço os meus olhos alucinados por cada uma.
E têm todas o mesmo traço e o mesmo gosto!
Numa ilusão de óptica,
Apenas dizem”amo-te muito”!...

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